terça-feira, 31 de agosto de 2010


Os dias estão a passar, sempre passam e, com eles nós... é uma busca constante de intensidade de sentimento, aquele que nos prende à terra, que nos lança às mãos da profusão do amor... sentidos não partilhados, num emaranhado que inibe a descrição, é só uma anunciação particular... esses pensamentos voláteis integram outro ser, esse ser metade que completa, identifica e representa a unicidade maior que é o mundo, que é o amor que a todos une sem saberem... principal por ser primeiro e criador complexifica as ligações, por mais amadas que sejam, são elas a prova empírica do amor sentido, que totaliza a carne, volatiliza o espírito e sacrifica-o no sentido do sagrado... vivenciado no presente, no espaço e no tempo que é o nosso, eterniza-se e prende as amarras no todo... o sonho!!!

O sonho fere, pela leveza, intensidade onírica que não é vigilante... o salto ao imaginado, devaneado intenso, veemente, que quer, porque quer... as visões fluidificantes, passíveis de libertar impressões não vividas, activas no entanto, hiperestesias, lembranças, recordações... alcança-las, eis o vislumbre...

O monte, epicurista, alto, sôfrego,  câmara de retorno... pacífico, selvagem, rude, macio, verde, azul do céu e da água... calor suado, tempo e espaços fugidios, de tão sublimes... faltava inocência audaciosa, completou-se depois... espírito, espírito, por onde vogas, baixa-te, arrasa e rasa a terra, sublima-nos!

Ângelo

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