segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Jacques Lacan - Seminário I


"Uma vez realizado o número de voltas necessárias para que os objetos do sujeito apareçam, e a sua história imaginária seja completada, uma vez que os desejos sucessivos, tensivos, suspensos, angustiantes do sujeito estejam nomeados e reintegrados, nem por isso tudo está acabado. O que esteva inicialmente lá, em O, depois aqui, em O', depois de novo em O, deve reportar-se no sistema completado dos símbolos. A saída mesma da análise o exige.
Onde deve parar esse reenvio? Será que deveríamos levar a intervenção analítica até diálogos fundamentais sobre a justiça e a coragem, na grande tradição dialética?
É uma questão. Não é fácil de resolver, porque, na verdade, o homem contemporâneo tornou-se singularmente inábil para abordar esses grandes temas. Prefere resolver as coisas em termos de conduta, de adaptação, de moral de grupo e outras banalidades. Donde a gravidade do problema que coloca a formação humana do analista.
Deixo-vos por aqui, hoje."

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