terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Linguagem...


“Tudo o que posso fazer com a minha linguagem, mas não com o meu corpo. O que a minha linguagem esconde, di-lo o meu corpo. Posso à minha vontade modelar a mensagem, mas não a minha voz. Na minha voz, diga o que disser, reconhecerá o outro que «tenho qualquer coisa». Sou mentiroso (por preterição), não comediante. O meu corpo é uma criança teimosa, a minha linguagem é um adulto muito civilizado…de modo que uma longa série de contenções verbais (as minhas delicadezas) poderão de repente explodir em qualquer revulsão generalizada: uma crise de choro (por exemplo)”.
Barthes (2006, p. 124).

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